terça-feira, 31 de maio de 2011

A vida na Austrália: padrão de vida

Uma coisa que se percebe logo na Austrália é que o padrão de vida aqui é superior ao do Brasil. Isso é fácil de se ver. As pessoas aqui tem muita facilidade de comprar bens de consumo que no Brasil são reservados a elite. Alem disso pouco se vê mendigos ou gente que passa fome. Um exemplo do poder aquisitivo simples: o IPhone. Aqui, para uma pessoa ter um IPhone basta ter um plano de celular de ~ A$ 40 por mês e assinar por 2 anos que você recebe um. De graça. Por causa deste tipo de facilidade você vê este tipo de aparelho com todo tipo de pessoa.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Lugares a se visitar: Great Ocean Road

A Great Ocean Road é uma estrada que beira a costa sudoeste do estado de Vitoria, estado este que fica no extremo sul da parte continental da Austrália e tem Melbourne como sua capital. Esta estrada começa na cidade de Torquay e vai até a cidade de Warnambool percorrendo um total de 243 km. A estrada foi construida como um memorial aos mortos da 1a guerra mundial e é o maior memorial de guerra do mundo. Foi construída entre 1919 e 1932.

Deixando um pouco de lado a história do local, esta estrada percorre lindas vistas construídas pelo mar e os fortes ventos da região. As vistas são maravilhosas e existem dezenas de pontos de parada para visitação. Segue abaixo algumas fotos que tirei na minha primeira visita por lá. Só para constar: estas fotos eu tirei do celular e não foram editadas por nenhum programa. As paisagens são assim mesmo.

12 Apostólos

The Grotto

Estes são só dois exemplos do que pode ser visto nesta região. Como devem ter percebido, a imagem de fundo do blog é dos 12 Apostólos. Mas esta é de um fotografo profissional e foi tirada antes de algumas das rochas serem engolidas pelo oceano. Este é outro ponto interessante das paisagens: elas continuam se alterando ao longo do tempo. Postarei outros pontos em breve.

 Bye mate

segunda-feira, 16 de maio de 2011

A vida na Austrália: horários

Esta é uma parte muito diferente comparada com o Brasil, em especial São Paulo. Lá você pode resolver comer um sushi as 11 da noite e conseguir numa boa. Ou em uma quarta a noite ir no shopping comprar aquele presente de aniversário do seu amigo que você esqueceu.

Na Austrália, você tem que se planejar e se acostumar com os horários. Nos dias normais as lojas fecham as 17:00 horas exceto algumas poucas redes. Restaurantes em geral tambem fecham bem cedo. É muito díficil você achar algum restaurante para comer depois das 9 da noite se não tem reserva feita.

Mas tem 1 dia da semana que as coisas fecham mais tarde. Você deve ter pensado sexta certo? Errado, é na quinta. Não me pergunte. Esta eu tambem não sei responder. Agora que já estou aqui faz um tempo estou mais adaptado com estes horários. Mas no começo foi bem estranho. O motivo das coisas fecharem cedo é interessante: as pessoas querem ter mais tempo para ficarem com suas familias, portanto ninguem quer trabalhar até tarde. Explicarei esta fama do pessoal daqui não gostar muito de trabalho em outro post.


Bye mate

sábado, 14 de maio de 2011

A vida na Austrália: Alugar um imóvel

Para todos que chegam em um novo país, este é um passo inevítavel: alugar um imóvel. Quando você chega normalmente vai ficar em um hotel por alguns dias enquanto procura. No meu caso dei sorte. Meu amigo Danilo me hospedou na casa dele enquanto procurava. Mas o aluguel aqui funciona um pouco diferente do Brasil.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

A vida na Austrália: Segurança

Este post começa uma série sobre a vida aqui e as diferenças com o Brasil. Começarei por uma das coisas que mais me chamam a atenção: segurança.

Esta parte é muito diferente aqui. Você ve pessoas usando seus eletrônicos de última geração (Ipad, macbook pro, etc) nos trens, praças, etc. E isso ocorre a qualquer hora do dia ou da noite. Nada acontece e você percebe que a pessoa esta usando estas coisas sem nenhum medo. As casas tem muros baixos, as janelas não tem grades. Não existe a onda de carros blindados como no Brasil.

Pelo que pude perceber por aqui existem alguns motivos que fazem este fenômeno ocorrer. O primeiro deles é a condição financeira da população. Com empregos que no Brasil você viveria sem dinheiro, aqui você consegue ter uma vida muito boa. Você e sua esposa podem trabalhar lavando pratos e ter dois carros, fazer viagens internacionais, frequentar teatro, shows, etc. E facilmente comprar os itens de consumo mais cobiçados pelos ladrões no Brasil.

O segundo ponto é, se todos podem comprar, para quem você vai vender? Ninguem vai querer comprar um produto roubado principalmente pelo terceiro motivo: você será punido. Aqui as pessoas são punidas. E os processos não demoram decadas. Então, por que se arriscar em roubar algo que você pode comprar, não terá para quem vender e será pego ao tentar?

Bye mate

terça-feira, 10 de maio de 2011

O visto

Bom, depois de resolver vir para cá existe o famoso lance do visto para a Austrália. Existem diversos tipos que exigem diversas coisas: visto para estudante, visto de turismo, visto sponsored, visa skilled worker, etc. O tipo de visto que tenho é o sponsored e falei mais sobre ele.

O visto sponsored (ou 457) é um tipo de visto para pessoas que já vem contratadas para a Austrália. A empresa precisa fazer este pedido para você. Pelas regras deste tipo de visto existe um certo nível salárial mínimo que a empresa deve te pagar e você deve fazer algo que eles tenham falta de pessoal. Esta regra do valor mínimo é muito interessante porque impede que empresas tragam pessoas usando o visto 457 como simples mão de obra barata. Estas faixas variam de acordo com cada profissão.

Para tirar o visto foram necessários vários documento meus: cópia do passaporte, currículo em inglês, chapa do pulmão (para verficar se não tinha alguma doença), exame de sangue, cópia de uma apolice de seguro saúde internacional, etc. Como podem ver, são bastante documentos e isso leva um certo tempo. O exame médico, por exemplo, só era valido se feito em uma das clínicas credenciadas pela embaixada e são muito poucas.

O processo todo demora entre 1 e 3 meses. Tudo depende da velocidade que a pessoa demorar pra juntar os documentos e o tamanho da fila para este tipo de visto na embaixada. No meu caso demorou 1 mês e 15 dias, sendo que 15 dias foi o tempo que eu demorei para juntar os documentos.

O visto 457 esta diretamente vinculado a empresa que você trabalha. Se você sair da empresa enquanto estiver com este visto você tem 30 dias para ir para outra empresa que queira ser o sponsor do seu visto ou sair do país. A Ju, por ser minha esposa, tem um visto 457 tambem mas é livre. Ela pode trabalhar com qualquer coisa.

Depois de estar na Austrália trabalhando por dois anos é possivel fazer o pedido de visto permanente e isto é o que pretendo fazer.

Bye mate

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Como tudo começou

Da onde veio esta idéia de vir para a Austrália? Bom, eu trabalhava na IBM Brasil fazia muitos anos. Sempre tive o desejo de morar fora do Brasil mas nunca tinha tido a oportunidade. No final de 2009 sem nenhum sinal prévio um amigo do trabalho, o Danilo, anuncia a sua despedida da empresa. Até este ponto é normal, departamento grande sempre tem muita gente saindo e chegando. Mas a novidade foi: estou saindo para ir para a Austrália e para trabalhar com o produto que a gente desenvolve. Essas diferenças me deixaram bastante curioso.

Durante a despedida fui fazendo perguntas e, por coincidência, um outro amigo que mora aqui tambem estava em São Paulo e foi na despedida. Depois de tudo que ouvi lá fiquei bastante curioso. Quando cheguei em casa minha esposa me perguntou: E a gente, vai quando? Não levei muito a sério naquele momento.

Poucos meses depois um outro amigo meu, o Gabriel, marcou uma despedida. Novamente era alguem vindo para a Austrália. Neste momento já tinha conversado bastante com o Danilo sobre a Austrália e fiz mais perguntas para o Gabriel. Me pareceu uma mudança bem interessante. Perguntei para a minha esposa se ela queria morar fora mesmo. Ela disse que sim. Depois disso comecei a pesquisar sobre o país e meu interesse aumentou. Eu poderia vir e trabalhar na minha área diretamente. A Ju, que é fisioterapeuta, teria que fazer um processo de validação.

 Perguntei aos dois como eles acharam estas oportunidades de trabalho. Eles me disseram que um headhunter os contatou via linkedin. Entrei no meu linkedin e fui procura-lo. Imagine minha surpresa ao descobrir que este headhunter já havia me mandado um email tambem fazia vários meses. Entrei em contato com ele e alguns dias depois ele me ligou. Começamos a conversar sobre como funcionava, quanto pagariam em média, etc. Neste dia minha cunhada e o marido estavam em casa. Quando voltei e falei as condições todos concordamos que era uma oportunidade única. Falei para o headhunter que estava interessado e que podia marcar as entevistas.

Fiz 2 processos seletivos. No primeiro não cheguei a ser contratado mas tambem ninguem o foi. Este primeiro processo foi bem longo e durante o mesmo continuei a fazer pesquisas. Em paralelo, fui me preparando psicologicamente para deixar para trás tudo que me era familiar: família, amigos, lugares, lingua.  Quando fui informado que a vaga tinha sido "congelada" e que ninguem seria contratado entrei em desespero. Já estava totalmente preparado para vir para cá. Quando se esta fazendo isso você fica procurando todos os defeitos de onde esta e os pontos altos do lugar que você vai. Com isto você chega em um ponto na sua cabeça que a única opção é ir. Eu tinha chegado neste ponto e não tinha dúvidas que mudar de país seria o certo.

Entrei em contato com o Danilo para ver se existia alguma vaga na empresa que ele estava. Ele me disse que sim e logo lhe mandei meu curriculo. O processo desta vez foi extremamente rápido. Falei com o dono da empresa em uma terça feira. Fiz uma entrevista técnica na quarta. Na quinta já me fizeram uma proposta. Pensei um pouco (bem pouco) e aceitei. A partir deste ponto começa a saga do visto mas isto irei detalhar em um outro post.

Bye mate